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Em tardes maravilhosas como essa me lembro com alegria dessa brisa leve de um entardecer irradiando amarelos e vermelhos, fecho os olhos, e relembro nosso encontro , ainda lembro que minhas pernas tremeram no primeiro abraço, você me disse que era uma sensação de vertigem que começava no estômago, sua face enrubesceu, e seu coração acelerou involuntariamente batendo no ritmo do meu, uma sensação tomou conta dos nossos corpos como um arrepio nos ligando, o coração querendo sair pela boca. (“O encontro da batida perfeita”.) Adentrando uma emoção pelas nossas epidermes e chegando ao coração, o calor das palavras ascendendo seu olhar, esse mesmo olhar, que demonstra sua imensa capacidade de amar, se entregando a nosso momento, deixando-se banhar no mar de carinhos e aconchegos, um momento único e especialmente seu, e nessa hora nada importa… Somente a segurança dos nossos braços, porque estamos além do bem e do mal, acima do tempo, sem passado, o infinito do amor é tocado. Era um fim de tarde e o inicio de nossa história. Estávamos nos desvelando e revisitando nossa emoção de tantas noites e sonhos, porque o coração tem vida própria, sentindo quem pode te fazer feliz, é apenas energia, ele sabe, chamam de intuição feminina, eu chamo de decisão do coração, desperta-nos a capacidade de sentir, acordando a certeza, lembra que apenas as mãos se tocaram e foi como um choque elétrico, mais suave e duradouro, havia um silêncio interno e profundo e também ao fundo uma velha canção de amor, nossos sentidos preenchiam o ambiente, nada era necessário, pois todos segredos faziam sentidos, não havia pecado nem julgamentos, a beleza foi se deixar tocar e se entregar.
A flora da boca,
palavras plantadas,
aflora caminhos,
afora odios,
de amores mal acabados,
sangue na boca,
não…
eram amoras…
de amores ruminados
com a calma das estrelas
——————————————————–
a morte do amor
estrela cadente tambem brilha?
estrelas mortas tambem brilham?
a morte brilha então..
—————————————-
Minueto, (”ou pelados em santos”)
Solweto sem apartheid,
Dueto palestina sem muros,
e Israel sem homens-bomba,
claridade sem sombras,
e nos sem nós
—————————————–
presente é o presente
press-sente-sempre
acordando acordes dissonantes,
a cor dar de novos sóis,
queimar de dentro pra fora,
reformar a dor,
com amor
entregando o que não lhe pertence mais,
ligar-se ou desligar-se,
voando voos solitários,
destrinchando as trincheiras dos limites,
desfazendo as velhas crenças,
arder com esses novos sóis,
para finalmente brilhar…
______________________________________
Vou dançando em seus sonhos
no emaranhado dos seus cabelos
em seu colo pêssegos e morangos
novelo loiro de anjo ou demónio
não me importa vou me perdere achar!,
abre suas portas
te quero no aconchego desse desvelo
de novo em pelo e abismos
Menina linda, a pele mais macia
que a minha já tocou,
acalma minh‘alma
no arrepio de seu seio
tocando a mansidão
na margem de seus segredos,
me contagiei no teu encanto manso
quieto e calmo , magico
com você eu dançaria sem camisinha
menina pura, doce pêra, me escuta
se ama, sendo sempre sua!
fogo e mar, céu e ar, mel e chão
e de novo iria, e vou voar
deixar te ir como o vento
desse fim de semana
dizer simplesmente adeus
tatuando essa lembrança
em meu coração
A lua na poça profunda
aprofunda minhas poças
nua pisavas eu e a lua
Wellington Felix
Se tivesse eu os panos bordados dos céus,
Entremeados com luz dourada e de prata,
O azul e os panos não ofuscantes e escuros
Da noite e da luz e da metade-luz,
Eu espalharia os panos debaixo dos teus pés:
Mas eu, sendo pobre, tenho somente os meus sonhos;
Eu espalhei os meus sonhos debaixo dos teus pés;
Pisa com cuidado porque pisas os meus sonhos.
William Butler Yeats
Basho, em Sendas de Ocu
________________
– Espelho –
autoria: Jeanine Will em:-
Eu quero uma unica palavra
que te envolvesse como agua morna ,
uma palavra simples e limpída,
ao mesmo tempo forte,
assim como maremoto,
um diluvio de letras e canções,
que matasse por um momento,
essa nossa sede de amar
Que ao mesmo tempo refrescasse como banho matutino,
e como cachoeira, despertasse a emoção e o espanto,
se derramando forte barulhenta e consistente,
como silencio profundo
E se desmanchasse liquida
em milhares de pingos,
iluminados pelos raios do sól
spray arco iris
Eu queria tanto te encantar com palavras simples
como aquela lagoa dourada de minas,
como aquela nascente em mongagua,
clara, pura e cristalina
Fosse leve como a névoa da manha
soprada pela brisa
Eu queria tanto uma palavra curta
que encerrasse tanta vida e poesia
assim como o mar,
e fosse mãe e pai
tipo terra e universo,
Que te arrepiasse como gelo no inverno
Que provocasse um refluir de emoções
ternas e profundas,
Como o primeiro banho,
Como neve em dezembro,
Como banho de chuva no verão
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